Em um movimento que une tradição, inclusão social e empowerment cultural, o Grupo Ancestralidade Negra, liderado pelos experientes professores Misac Teles, Fernandes e Gustavo, e com a colaboração de Adrio Luz, concluiu com êxito o projeto “Capoeira e Maculelê para a Comunidade”. A iniciativa, realizada com recursos da Lei Federal Aldir Blanc e com o apoio fundamental da Secretaria Municipal de Cultura, sob a gestão da secretária Marlene Santos, levou as riquezas da cultura afro-brasileira para 60 crianças e adolescentes de bairros periféricos de Medeiros Neto, transformando praças e o calçadão do estádio em salas de aula a céu aberto.
Os mestres à frente do projeto não são novatos na arte de ensinar. Eles carregam uma bagagem sólida do tradicional Grupo de Capoeira Liberdade, onde forjaram sua técnica e pedagogia. Recentemente, uniram forças para fundar o Grupo Ancestralidade Negra, canalizando essa experiência para um propósito claro: usar as expressões culturais como ferramentas de transformação. O projeto ofereceu encontros regulares, duas vezes por semana, com aulas práticas de Capoeira Angola, oficinas de Maculelê, rodas de Samba e contação de histórias, criando um ambiente de aprendizado dinâmico e acolhedor.
“Nosso objetivo principal sempre foi o resgate das tradições culturais negras, que são a base da identidade do nosso povo”, explica o professor Misac Teles. “Mas vai muito além. Através da capoeira, do maculelê e do samba, trabalhamos a autoestima, o desenvolvimento físico-motor, a disciplina e a convivência em grupo. É uma forma poderosa de ocupar o tempo ocioso desses jovens com algo positivo, promovendo inclusão social e afastando-os de situações de risco”, complementa.
O projeto superou todas as suas metas estabelecidas: atendeu a 60 participantes, realizou 24 oficinas culturais e promoveu dois grandes eventos bimestrais abertos à comunidade, onde os alunos puderam apresentar ao público todo o conhecimento adquirido. Além disso, formou um grupo juvenil consolidado e produziu um minidocumentário que registra para a posteridade a energia e os resultados desse trabalho. “Ver a comunidade reunida, aplaudindo nossas crianças, foi a maior confirmação do sucesso do projeto”, afirma Fernandes.
A secretária de Cultura, Marlene Santos, destacou a importância do apoio municipal a iniciativas como essa. “Foi uma honra para a Secretaria de Cultura poder dar o suporte necessário a um projeto de tamanha relevância social e cultural. O Grupo Ancestralidade Negra realizou um trabalho exemplar, que dialoga perfeitamente com as diretrizes de fomento à nossa identidade e de proteção social à nossa juventude. É um investimento que rende frutos para toda a sociedade”, declarou.
O legado do projeto é palpável. Além do grupo juvenil formado, que dará continuidade às práticas, o minidocumentário serve como um registro histórico e uma ferramenta de divulgação. O sucesso já inspira planos de expansão para outras comunidades do município. O “Capoeira e Maculelê para a Comunidade” provou que, quando cultura, política pública e engajamento comunitário se encontram, o resultado é a construção de um futuro com mais raízes, mais respeito e mais oportunidades para todos.
Da Redação do Liberdade Notícias

















