Saúde

Prefeitura vai assumir Hospital Salvador como unidade exclusiva para atendimentos Covid-19

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Diante da pressão sob o sistema de Saúde da capital baiana, a prefeitura da cidade vai assumir completamente o Hospital Salvador. A unidade será exclusiva para tratamento de pacientes com a infecção pela Covid-19 e se tornará um hospital de campanha com 40 leitos de UTI e 120 vagas de enfermaria. O anúncio foi feito pelo prefeito de Salvador Bruno Reis (DEM) nesta segunda-feira (22).

Ao longo do dia serão definidos os trâmites burocráticos. A gestão ainda não sabe se será feita uma locação da unidade de saúde ou requisição administrativa. Segundo o prefeito, a gestão vai optar pelo “caminho que for mais rápido”.

A unidade será administrada por uma Organização Social que ainda não foi informada.

Atualmente o Hospital Salvador já tem 20 leitos de UTI e 40 clínicos contratados pela gestão municipal. Durante a primeira onda de infecções pela Covid-19 na cidade a unidade ficou no meio de um imbróglio a Universidade Federal da Bahia (Ufba), governo do estado e prefeitura de Salvador. O Executivo municipal queria instalar no Hospital Salvador leitos para tratamento da Covid-19, mas na época no espaço funcionava a UTI Neonatal da Maternidade Climério de Oliveira (MCO), ligada à Ufba. O reitor da universidade, João Carlos Salles, foi contra e não permitiu que os leitos fossem transformados em unidades Covid-19 (leia mais aquiaqui e aqui). Agora, de acordo com o prefeito Bruno Reis, a Climério não funciona mais na unidade.

ALTA DEMANDA E SISTEMA SOB PRESSÃO

O prefeito destacou que preocupa a gestão a situação enfrentada pelas unidades de saúde. Salvador começou esta segunda-feira (22) com ocupação de leitos de Tratamento Intensivo Covid-19 em 79% e taxa geral (enfermaria e UTI) em 81%. Algumas unidades de saúde da capital já operam em capacidade máxima desde a semana passada (leia mais aqui e aqui).

O painel de transparência da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) mostra que entre as unidades com 100% de UTIs Covid-19 adulto ocupadas estão o Hospital Português, o de Campanha do Itaigara, e a Maternidade Professor Maria de Magalhães Neto.

Segundo Bruno Reis, além da rede pública a alta demanda é enfrentada também nos hospitais privados, que também estão com risco de colapso. “Pessoas com plano de saúde e que não estão conseguindo nenhum hospital da cidade pra usar pelo plano e estão vindo para nossas unidades. Em nenhum momento da primeira onda isso ocorreu em Salvador”, comentou o prefeito ao fazer um alerta sobre a gravidade da situação.

OUTRAS MEDIDAS

Em meio às ações para tentar conter a transmissão do coronavírus, a Prefeitura de Salvador voltará a proibir o acesso às praias. A restrição passará a valer a partir da próxima quarta-feira (24), com duração inicial de sete dias, conforme anunciado pelo prefeito Bruno Reis (DEM) (saiba mais aqui).

Até então, as praias estavam liberadas ao longo da semana, com regras para evitar aglomerações que são constantemente desobedecidas.

Além delas, clubes sociais também serão fechados a partir de quarta, o que desativa por completo a fase 3 de flexibilização de atividades. Mas há uma ponderação. “O decreto não atinge condomínios sociais. Isso ocorreu quando fechamos academias, mas não estamos fechando as áreas livres do prédios, o que não significa que amanhã ou depois não tomaremos medidas nesse sentido”, pontua o prefeito.

Nesta terça (23), a gestão vai retirar a iluminação de todos os campos e quadras públicas do município, que serão fechados.

Por: Bahia Notícias

Liberdade Notícias

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