Após ser informada pela babá que Hery Borel, de 4 anos, era agredido pelo Dr. Jairinho, Monique Medeiros, mãe do gatoto, falou para a pediatra que garoto sentia “medo excessivo de tudo” e, quando via o vereador do Rio de Janeiro chegava a “vomitar e tremer”.
A conversa, realizada através do WhatsApp, foi encontrada pela Polícia Civil no celular da professora. O teor do diálogo foi revelado pelo jornal Extra.
Após a consulta, às 16h53 do dia 18 de fevereiro, a professora então escreveu para a pediatra: “Henry está com medo excessivo de tudo, tem um medo intenso de perder os avós, está tendo um sofrimento significativo e prejuízos importantes nas relações sociais, influenciando no rendimento escolar e na dinâmica familiar. Disse até que queria que eu fosse pro céu pra morar com meus pais, em Bangu”.
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Na mensagem, Monique também contou que, quando o filho vê o Jairinho, “diz que está com sono, que quer dormir e não olha para ele”. Escreveu ainda: “Nunca dormiu sozinho, mas antes ficava no quarto esperando irmos ao banheiro ou levar um lanche, agora se recusa a ficar sozinho, não tem apetite, está sempre prostrado, olhando para baixo, noites inquietas com muitos pesadelos e acordando o tempo inteiro. Chora o dia todo”.
A médica então respondeu: “Acho que agora no início poderia ser duas vezes por semana. Neuro e psiquiatra, não. Infelizmente isso é comum”.
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Dezoito dias depois da conversa, às 3h50 de 8 de março, Henry deu entrada na emergência do Hospital Barra D’Or, levado por Monique e Jairinho. De acordo com as médicas que o atenderam, o menino já chegou morto à unidade e com as lesões descritas nos laudos de necropsia.
Os documentos apontam hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, além de equimoses, hematomas, edemas e contusões não compatíveis com um acidente doméstico.
Por: Correio 24 Horas