A vida de um gerente comercial mudou radicalmente na madrugada do último sábado, 8 de maio, quando homens armados tentaram invadir sua residência em Medeiros Neto. O ataque foi o ápice de uma tensão que vinha crescendo há meses em um supermercado da região, onde o profissional trabalhava como gerente e assessorava o proprietário na abertura de uma nova filial em Teixeira de Freitas. Tudo começou quando Catarino Souza Riflo chegou à cidade se oferecendo como investidor, mas seus métodos logo despertaram desconfiança.
Durante o período em que trabalharam juntos, o gerente percebeu que Catarino demonstrava interesse incomum pelos caminhões da empresa, questionando rotas, horários e sistemas de rastreamento de forma suspeita. O profissional desconfiou que o suposto sócio queria usar os veículos para fins ilícitos, mas não tinha provas concretas. Em reuniões, alertou o proprietário sobre as propostas questionáveis de Catarino, que incluíam mudanças estranhas no controle de estoque e pedidos de acesso irrestrito aos sistemas.A situação se agravou em março, quando o gerente rejeitou uma proposta de Catarino para terceirizar o setor de bebidas, alegando inviabilidade financeira. O suposto investidor reagiu com fúria e, a partir daí, passou a espalhar rumores entre funcionários e a monitorar os horários do gerente.
No dia 28 de abril, a Polícia Federal invadiu a casa de Catarino, no bairro Colina Verde, em Teixeira de Freitas, para prendê-lo. Descobriu-se então que o suposto investidor era, na verdade, um traficante internacional, já monitorado há semanas. Por uma coincidência, o gerente havia chegado minutos antes da operação, buscando chaves de um caminhão da empresa que estavam com Catarino. Ao ser surpreendido pela PF, o acusado olhou fixamente para o gerente e gritou: “Você vai pagar por isso!”, acreditando que ele teria delatado suas atividades à polícia.
Após receber ameaças, na madrugada de 8 de maio, o gerente sofreu uma tentativa de invasão em sua casa por quatro homens encapuzados, que tentaram arrombar o portão sem sucesso. A Polícia Militar foi acionada, mas não localizou os suspeitos. Orientado a registrar um boletim de ocorrência, o profissional encontrou a Delegacia Territorial de Medeiros Neto fechada no sábado — como é comum na cidade aos fins de semana.
Temendo por sua segurança, o gerente deixou a cidade temporariamente com a família. Enquanto isso, Catarino responde por tráfico internacional, e o caso segue sob investigação da Polícia Civil, que foi notificada sobre as ameaças. A reportagem tentou contato com as autoridades, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Da Redação do Liberdade Notícias
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