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Com dificuldade para comprar Sputnik V, Rui avalia adquirir outra vacina chinesa para Bahia

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O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (27) que estuda adquirir a vacina contra Covid-19 produzida pelo laboratório estatal chinês Sinopharm. A medida surge como opção diante das dificuldades do estado de comprar a Sputnik V, imunizante produzido pelo governo russo, que não recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil (relembre aqui). Devido à negativa, a Bahia ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o órgão a analisar e autorizar a distribuição da vacina (entenda aqui e aqui).

“A Coronavac tem apenas autorização emergencial, tanto na China quanto no Brasil. A outra tem autorização de uso definitivo pela agência reguladora chinesa. Mandei ofício para o laboratório para saber se há disponibilidade de doses, tanto para a Bahia quanto para o Brasil”, revelou Rui, em entrevista ao “Isso é Bahia”, programa da rádio A TARDE FM em parceria com o Bahia Notícias. 

Ao falar sobre a Sinopharm, o governador voltou a criticar a Anvisa pelos procedimentos para aprovar uma vacina no Brasil. “Se o laboratório responder que tem doses, a Anvisa não vai aprovar porque não passou não testes no Brasil, sendo que ela já foi aprovada em larga escala na China. Ou seja, a Anvisa vai ter aprovado a vacina que só teve autorização emergencial na China [a Coronavac], mas não vai ter aprovado a que teve autorização definitiva”, ironizou. 

O petista disse também que a Sinopharm desistiu de testar sua vacina no Brasil por causa da burocracia imposta pela Anvisa. “O que eles disseram, em conversas informais, é ‘Olha, não vamos insistir em fazer no Brasil quando a postura é de protelar, colocar dificuldades.’ Quem quer fazer procura uma forma. Quem não quer fazer, procura uma desculpa”, criticou. 

Rui não descartou a possibilidade de governadores se reunirem para adquirir, em conjunto, vacinas contra Covid-19, caso o governo federal não compre quantidade de doses suficiente para distribuição no país. 

“Nossa posição é muito clara, assim como a de outros governadores. O Brasil, historicamente, é reconhecido pela sua tradição em campanhas de vacinação. No meu entender, não devemos mudar aquilo que tem cem anos no Brasil, que a política de vacinação é coordenada, executada a partir de planejamento do governo federal. Apesar desse governo, que na minha opinião, é o pior da história de qualquer época, acho que não devemos mudar isso”, afirmou.

“Se necessário for, se o governo federal não fizer aquisição, por qualquer razão, nós admitimos, sim, eventualmente, fazer compras diretas do laboratório fabricante da vacina. Não compraremos de qualquer intermediário. Espero que isso não seja necessário”, enfatizou.

Por: Bahia Notícias

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