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A Festa de Zé Pilintra: Tradição e Renovação em Juracitaba

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No início de agosto, o recém-ampliado Centro de Umbanda Ogum de Guarda, localizado em Juracitaba, foi palco de uma celebração especial: a festa de Zé Pilintra. O evento, marcado por muita emoção e espiritualidade, foi conduzido pelo Babalorixá Pai Maycon de Oyá, que compartilhou a importância desse momento para a comunidade umbandista local. A ocasião foi mais do que uma homenagem à entidade, representando também a reinauguração do barracão, agora ampliado para melhor acolher os filhos de santo e devotos que frequentam o espaço.

Segundo Pai Maycon, a festa de Zé Pilintra era muito aguardada tanto pelos filhos de santo quanto pelos amigos de fé que acompanham o trabalho do centro. A reforma, que expandiu o espaço, permitiu que mais pessoas pudessem participar das cerimônias e fortalecer sua conexão com os orixás e guias. “Foi uma realização porque o barracão passou por uma grande reforma. Ele era menor, fizemos maior, fizemos a reinauguração comemorando a festa do senhor Zé Pilintra aqui na base, com 45 filhos de santo praticantes da casa”, contou o Babalorixá.A história de Pai Maycon é marcada por dedicação e aprendizado. Ele começou sua jornada espiritual em Viçosa, no extremo sul da Bahia, onde aprendeu com seu avô e sua mãe de santo. Posteriormente, mudou-se para São Paulo, onde conheceu seu companheiro. Há quatro anos, ele decidiu retornar à Bahia, desta vez para Juracitaba, onde fundou o Centro Ogum de Guarda. “Minha missão dada era aqui, e foi onde cheguei há quatro anos atrás. Estou aqui com esse centro, essa casa religiosa, para abraçar a todos que vêm a pedir fé e caridade”, explicou.Zé Pilintra, entidade homenageada na festa, é conhecido como um espírito que transita entre o sagrado e o profano, trazendo a alegria do morro, da boemia e das festas. Ele representa a malandragem e a sabedoria popular, sendo uma figura que acolhe e oferece proteção a quem busca por sua ajuda. Durante o evento, o axé de Zé Pilintra encheu o centro de boas energias, celebrando a renovação do espaço e a força da comunidade umbandista local. “Ele vem trazendo o axé do morro, da boemia, das festas, do jogo. Ele é uma entidade que vem em algumas linhas, cada setor tem o seu orixá, tem seu caboclo, tem seu santo”, completou Pai Maycon.A festa foi aberta por Maria Padilha de Cabaré, entidade que simboliza o empoderamento feminino e a resistência. Segundo Pai Maycon, a força e a resiliência das mulheres também foram celebradas, antes de Zé Pilintra assumir o comando da cerimônia. Com muito axé, a inauguração do novo espaço foi um momento de renovação e celebração para toda a comunidade, mostrando que a tradição e a fé se fortalecem com a união e a dedicação dos seus praticantes.

Da Redação do Liberdade Notícias

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