O relatório faz uma análise sobre as estratégias dos países do G20 para descarbonizar suas economias, levando em conta o rastreamento da taxa de transição de baixo carbono. A partir daí, compara o que é feito com as metas nacionais de cada país.
O Brasil, entre 2019 e 2020, teve índice de descarbonização de 1,9%. Considerando os últimos 20 anos, a taxa foi de apenas 0,5%. México e Indonésia foram os únicos países que conseguiram chegar a uma taxa de descarbonização de dois dígitos, na análise feita pela PwC, com 12,4% e 10,6%, respectivamente.
O estudo aponta que seria preciso uma taxa de descarbonização de 12,9%, cinco vezes maior que o alcançado no ano passado (2,5%) e oito vezes mais rápida que a média no século, para conseguir reduzir as emissões globais pela metade até 2030, cumprindo a meta estabelecida no Acordo de Paris, que busca um aumento máximo de temperatura de 1,5° C.
Em 2020, a descarbonização mundial ficou em 2,5%, especialmente pela diminuição no mundo da demanda de energia em 4,3% em 2020, o que reduziu em 5,6% as emissões relacionadas ao setor em comparação com os níveis de 2019. Mesmo assim, foi apenas um aumento ligeiro em relação à taxa de 2019, que foi 2,4%.
“Observamos que empresas e governos estão aumentando suas ambições e ações em relação ao combate às mudanças climáticas. Mas é preciso fazer mais para alcançar os objetivos necessários, com a urgência que temos no momento. É necessário que todos os setores da economia participem desse movimento”, afirmou Mauricio Colombari, sócio da PwC Brasil.
Mesmo com resultados abaixo do necessário, a maioria dos países do G20 mantém metas ambiciosas de redução de suas emissões – precisando agora aumentar investimentos e esforços para alcançá-las. O estudo mostra que quase metade dos investimentos no setor de energia nos países do G20 (US$296 bilhões) foi para a manutenção da produção e consumo de combustíveis fósseis.
Por: Correio 24 Horas